Equipe se mostrou ansiosa no
segundo tempo e não conseguiu empatar o jogo
Por:
Emerson Alves
O
Athletic entrou no gramado do Joaquim Portugal ontem (16) a tarde, com a
expectativa de somar mais 3 pontos e manter a boa fase. Porém, de baixo de um
sol escaldante, o que se viu foi bem diferente. A equipe bem que tentou, lutou
até o fim, mas se mostrou bastante ansiosa, principalmente no segundo tempo,
quando exagerou nos cruzamentos na área de qualquer parte do campo, e no fim
acabou sendo derrotado por 1x0 pelo CAP Uberlândia.
Torcida compareceu em peso para apoiar o time. Mas ansiedade atrapalhou a equipe. (Foto: Emerson Alves/Alterna Fut)
Essa
ansiedade também foi percebida pelo técnico, Cícero Júnior, que em entrevista
coletiva pós jogo, atribuiu o problema, a falta de costume do time em perder, “A
gente não sabe perder, nosso time não sabe sofrer, não criamos esse hábito,
então a torcida já cobra mais incisivamente dos atletas. A equipe sentiu isso,
começou a forçar mais o jogo, mas a gente precisa aprender a lidar melhor com
as adversidades”, afirmou.
1°
Tempo
Estádio
inflamado e jogadores ‘ligados no 220’. Foi assim que a partida começou para o
Esquadrão de Aço. Todos os fatores apontavam para mais uma grande vitória, que
consolidasse de vez o Athletic, como um dos candidatos ao acesso. Muitas
chances foram criadas nos 15 minutos iniciais, mas o goleiro Luiz Miguel, do
CAP, já começava a se destacar com grandes defesas, em uma atuação que como um
vinho, ficava cada vez melhor a medida que o tempo passava.
Porém
o ímpeto inicial dos mandantes foi ficando cada vez menor, a torcida esfriava na mesma proporção que o desempenho
do time ia caindo e o CAP Uberlândia, aos poucos, aproveitava para crescer no
jogo. No último lance do primeiro tempo, Daniel Menezes fez boa jogada dentro
da área, observou o mal posicionamento do goleiro GIlson e finalizou por
cobertura para abrir o placar pelos visitantes, em uma bola que poderia ser
defensável.
Um
castigo doído pelo que foi a primeira etapa, já que por mais que o Athletic foi
perdendo rendimento com o passar do tempo, as melhores oportunidades ainda
tinham sido do lado alvinegro. Por outro lado, o CAP havia aproveitado sua
única chance clara de gol.
2°
Tempo
O
retorno dos vestiários mostrou mais uma qualidade do técnico Cícero Júnior. A
sua capacidade de fugir do comum nas substituições e a variação tática que ele
consegue implementar no seu time. Emerson Sato, Guilherme Morassi e o
recém-contratado Eduardo Nardini entraram nos lugares de Igor Felipe, Nathan e
Léo Gonçalo antes dos 15 minutos, para mudar completamente a estrutura do time.
O
volante Bruno foi para a lateral, Morassi entrou no meio, assim como Nardini,
para qualificar a circulação de bola no setor, mas com a saída de Nathan, que
pediu substituição, voltou para a lateral esquerda, sua posição de origem. Sato
começou a carimbar todas as bolas na criação de jogadas e se transformou no
principal jogador do time na segunda etapa, junto com Nardini que mostrou uma
qualidade de passe impressionante.
As
alterações melhoraram o time. Mas a ansiedade em empatar prejudicou muito mais.
Com o apito final se aproximando, a equipe começou a forçar as jogadas,
exagerar nos “chuveirinhos” de qualquer lugar do campo e a atacar de maneira
desorganizada, com isso foi cedendo muito espaço para o adversário nos contra
ataques, que perdeu um caminhão de gols nessas circunstâncias, inclusive um de
baixo da trave que dá pra colocar na lista dos gols perdidos mais
inacreditáveis do ano no futebol brasileiro.
Com
o CAP não tendo competência para matar o jogo, o clube parecia até mais
interessado em ajudar seu adversário, já que além de perder muitos gols, quase
fez um gol contra bisonho, onde a bola caprichosamente acertou o travessão, o
Athletic ia na base do abafa, com o zagueiro Thales jogando de centroavante,
criando oportunidades para empatar. E já faltando poucos minutos, a melhor chance caiu no pé daquele que foi
contratado para esse momentos: Rudimar saiu cara a cara com o goleiro e
finalizou para uma defesa maravilhosa, de Luiz Miguel, que com o pé, garantiu a
vitória e coroou uma atuação que o
rendeu o prêmio de melhor jogador em campo.
Destaque
da partida
O
goleiro Luiz Miguel, foi inegavelmente o melhor jogador em campo. Com defesas
que orgulhariam os melhores arqueiros da história e uma segurança que pode até
ter causado inveja, nos torcedores do Athletic, mesmo estando nitidamente com
dores durante a maior parte do embate, ele fez por merecer o relógio que
recebeu como o melhor jogador da partida.
Goleiro Luiz Miguel, do CAP - O Craque do jogo! (Foto: Emerson Alves/Alterna Fut)
Ao
final do jogo, Miguel falou sobre a sua atuação e sobre a defesa no chute de Rudimar:
“ Esse foi um jogo de 6 pontos e estou muito feliz pela vitória, a equipe toda
lutou muito, e no lance com o Rudimar, que
é um jogador de extrema qualidade, foi realmente Deus que me capacitou. Uma
bola muito difícil, cara a cara, e a bola bateu na ponta da minha chuteira,
fechei o ângulo dele, mas ela bateu na ponta da minha chuteira e eu pude
conseguir fazer a defesa”, afirmou o goleiro.
O
Athletic retorna a campo no próximo sábado às 16:00h no Ipatingão, para enfrentar
o Ipatinga, que vêm em má fase.