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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Figueirense vence Social nos pênaltis e é campeão do Master de SJDR


Tigre do Bom Pastor toma empate no fim do jogo, mas não se abala e sai com o título.
           
Por Rodolfo Silva

Os quarentões de São-João Del Rei decidiram em Abril tirar as chuteiras do armário nos finais de semana para disputarem o Campeonato Master. No último domingo (20), o Figueirense enfrentou o Social no Estádio Paulo Campos pela final da competição e abriu o placar logo no início da primeira etapa, tomou o empate, fez 2 a 1, mas sofreu um gol aos 48 do segundo tempo levando a partida para os pênaltis. 

O Tigre do Bom Pastor, como é conhecido, não se abalou com o gol sofrido no fim e bateu a equipe socialina por 4 a 3 nas penalidades conquistando o troféu do campeonato. 

Nenem Varzeano, treinador do Figueirense, comentou sobre o título “A satisfação (de ser campeão) é a melhor possível. A equipe do Social é muito boa, infelizmente tomamos um gol no finalzinho, mas com muita competência conseguimos ganhar nos pênaltis. Devido a campanha que fizemos, o título tá entregue em boas mãos.” afirma o técnico." 


Equipe do Figueirense comemora o título  



O JOGO

Logo no primeiro minuto de jogo, o Figueirense marca: após levantamento na área, o atacante Serginho escorou de cabeça para marcar Figueira 1 a 0 Social.

Cinco minutos depois o Social quase empatou com Revelino, o atacante recebeu na frente e bateu forte, mas o goleiro Cotonete fez a defesa.

Aos 12, nova chance para Revelino, que dessa vez não perdoou: o camisa 9 dividiu com a zaga, ficou com a bola e bateu firme, Cotonete espalmou e no rebote o atacante empatava o jogo. Figueirense 1 a 1 Social

Depois do gol, o Xavante do Matosinhos se animou e teve maior volume de jogo na primeira etapa, aos 36 minutos Revelino aproveitou a sobra de bola na esquerda e bateu cruzado, mas o chute foi para fora.

O segundo tempo começou morno e com muitas faltas, o Figueirense mantinha a posse de bola e possuía maior volume de jogo, mas não conseguia criar chances claras.

Aos 24 minutos o zagueiro William cometeu pênalti em Serginho e foi expulso após tomar o segundo amarelo. Na cobrança, Éssio bateu forte, marcou e colocou o clube na frente do placar, Figueirense 2 a 1 Social.

Depois do gol, o jogo esfriou: o Tigre do Bom Pastor com um a mais em campo, passou a cadenciar o jogo e esperava pelo apito final.

A partida só voltou a ficar animado nos acréscimos, quando o Social fez uma blitz ofensiva no campo de defesa do Figueira e marcou aos 48 com Tiqueira que finalizou dentro da área sem chances para o goleiro.

Aos 49 a partida terminava e a decisão ia para os pênaltis. 

Nos penais, o goleiro Cotonete, do Figueira, brilhou e pegou as cobranças de Nei e Ricardo (2º e 3º a baterem pelo clube xavante). As defesas do goleiro do alvinegro do Bom Pastor garantiram o título a sua equipe se tornava campeã do Campeonato Master 2018.

O treinador do Social, Derson, enalteceu o rival “O time hoje (Social) não foi bem, o Figueirense teve mais garra e foi merecedor do título”

Troféu Dona Mariinha:

A Liga Municipal de Desportos (LMD), organizadora do torneio, decidiu homenagear a Dona Mariinha (Maria de Oliveira Santana Rocha), levando seu nome aos Troféus da Competição.

Troféus carregaram o nome de Dona Mariinha (Foto: Alexandre Eloy)

Dona Mariinha faleceu no dia 21 de Fevereiro desse ano (2018) e foi uma pessoa muito dedicada e ligada ao esporte em São João Del Rei, sempre apoiou seus filhos e netos a praticarem Futebol na cidade. Mariinha foi mãe de Sérgio Santana da Rocha e avó de Paulo Sérgio Rocha (treinador de goleiros do Athletic), de Mateus Rocha (treinador do Bonfim no amador e do Americano no Master) e de Thiago Galhardo (hoje no Vasco da Gama-RJ).

Mateus, neto de Dona Mariinha comentou sobre a homenagem a sua avó: “Minha avó foi vivida no esporte, ela era do Bonfim (bairro), e sempre incentivou as crianças. Ela gostava muito das amizades no futebol. Foi uma pessoa muito querida e merecia essa homenagem. Ela faz muita falta para a gente.”


domingo, 20 de maio de 2018

O treinador, a cultura e o idioma: A aventura brasileira na Terra da Rainha


A grande valorização dos treinadores e o insucesso tupiniquim em terras europeias. 
Por Gustavo Forapani
Os clubes de futebol têm se tornado organizações cada vez mais valiosas

       Quando falamos em organizações, logo nos vêm à cabeça a imagem de grandes empresas, corporações e multinacionais que habitam o imaginário comum da população, entretanto uma forma organizacional que foi sistematizada no século XX e tem ganhado força incrível desde o início dos anos 2000, - não é muito recordada enquanto organização -, são as organizações ligadas ao esporte. Atualmente, as grandes instituições esportivas surgem como organizações fortíssimas e verdadeiras máquinas lucrativas, principalmente as instituições iniciadas nos EUA e na Europa que surgem como organizações fortíssimas por todo o planeta.

Portanto, como todas as organizações mundiais, as relacionadas ao esporte possuem estrutura definida com relação à cargos, processos de tomada de decisão, entre outro. Partindo de uma hierarquia verticalizada, as organizações esportivas são divididas em cargos como proprietário, presidente, conselho, diretoria, comissão técnica, atletas, entre outros. Todos esses cargos possuem sua importância em maior ou menor escala, e, abordando especificamente o futebol, pode-se perceber que nos últimos anos um dos cargos tem ganhado bastante notoriedade e importância, é o cargo de treinador. Antes pouco importante e responsável apenas por “colocar os jogadores em campo”, hoje os treinadores recebem salários astronômicos e são tratados diversas vezes como estrelas em detrimento aos demais jogadores, sofrem grande pressão e estão quase sempre a mercê dos resultados.       

Mas, qual o motivo dessa valorização recente dos treinadores? Um dos pontos que pode ajudar explicar isso, está diretamente ligado à globalização constante, pois é cada vez mais comum vermos atletas de diferentes nacionalidades atuando juntos em determinado país, portanto o treinador precisa além de armar sua equipe, criar meios que possibilitem que pessoas tão diferentes trabalhem juntas sem criar atritos excessivos. Na Europa e na antiga América Espanhola, é comum a atuação de profissionais desta área em outros países, a língua comum e a proximidade geográfica entre os países em cada uma dessas regiões facilitam a adaptação do profissional ao local e seu melhor desempenho.     

Já, ao abordar o Brasil, não se percebe o mesmo sucesso dos treinadores em diversas partes do mundo, em partes pelo atraso técnico que eles possuem, mas também pela dificuldade de adaptação ao novo local de trabalho, pois apesar de muitos treinadores brasileiros serem limitados, há uma minoria competente e com trabalhos reconhecidos no país que acabaram falhando em solo estrangeiro.

Dois casos famosos de brasileiros que fracassaram em clubes europeus são Vanderlei Luxemburgo em sua passagem por Madrid e Luiz Felipe Scolari (Felipão) em Londres. O primeiro chegou com status de penta campeão brasileiro para dirigir o Real Madrid e não conseguiu ser campeão nacional pelo clube merengue, acusado de favorecer brasileiros do elenco em detrimento ao resto do time foi dispensado logo ao fim da sua primeira temporada pela equipe da capital. Se a campanha não foi brilhante, também não foi desastrosa: o técnico garantiu um honroso vice-campeonato espanhol.

Scolari à beira do gramado em um de seus jogos em sua péssima passagem por Londres

O grande fracasso brasileiro na Europa foi o de Scolari no Chelsea, o treinador brasileiro durou apenas quatro meses e seu fracasso foge do campo técnico e pode ser entendido também como uma falha na administração do elenco: responsável por administrar um dos grupos de atletas mais heterogêneos do mundo, - europeus, americanos, africanos e outros -, o técnico brasileiro foi “fritado” pelas principais estrelas da equipe e os jornais o acusaram de não saber lidar com o idioma do país. Partindo de uma lógica pós-modernista pode-se afirmar que não saber o idioma inglês foi uma barreira importante, mas o grande problema foi não entender a cultura do país e de seu grupo de atletas. O não entendimento do idioma foi uma conseqüência apenas. O treinador errou ao entender o clube como algo lógico e previsível igual a qualquer outro clube brasileiro, ou seja, ignorou a premissa do Homem enquanto imprevisível e não se preocupou em entender a cultura londrina e a cultura específica do time.

No próprio Brasil podemos ver algumas diferenças culturais que muitas vezes atrasam a adaptação de atletas e treinadores à diferentes locais, portanto deve-se partir da ideia do interpretativismo enquanto forma de integração cultural, para o profissional se adaptar à outra região geográfica ele deve entender a cultura e seus detalhes particulares, uma ideia interessante poderia ser adaptação ao local antes do início do trabalho, mas nesse mundo “acelerado” a experiência e o aprendizado devem ser ao mesmo tempo em que o trabalho é realizado. 

Como diz Humberto Gessinger em uma de suas músicas, “não há tempo perdido, não há tempo à perder”, ou seja, as missões inglórias dos brasileiros no exterior devem ser consideradas enquanto aprendizagem em um sistema de circuito duplo a fim de que os mesmos erros não sejam cometidos pelos brasileiros ou por qualquer outro povo e todos conquistem seu lugar ao sol, valorizando a diversidade, mas sempre contribuindo com suas particularidades culturais.
           

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Em tarde recheada de expulsões, Athletic leva a melhor sobre Asepel

Equipe São-Joanense supera o adversário mesmo com jogadores a menos, vencendo no sub-15 e empatando no sub-17. 
Por Rodolfo Silva e Luan Giacomini

A tarde do último sábado (05) no estádio Joaquim Portugal foi quente: não bastasse a alta temperatura, as partidas da segunda divisão do campeonato mineiro sub-15 e 17 entre Athletic e Asepel ficaram marcadas pela quantidade de expulsões e lances polêmicos. 

No primeiro jogo, a equipe sub-17 do Athletic abriu o placar logo no início da primeira etapa, teve um jogador expulso, sofreu um gol, mas segurou a pressão do Asepel e saiu de campo com o empate em 1 a 1.

No sub-15, a superação: o clube são-joanense ficou com dois jogadores a menos (três no fim da partida), correu muito, lutou e venceu o clube juiz-forano por 1 a 0.   

Jogos de sábado no Estádio Joaquim Portugal foram movimentados 

Veja os detalhes das partidas:

Sub 17

A partida começou movimentada, o Athletic começou pressionando e logo aos três minutos, após cruzamento da esquerda, o goleiro Yago falha e não segura a bola, que sobra para o atacante Alexandre, que em baixo da trave só teve o trabalho de empurrar para a rede. Athletic 1 a 0 Asepel.

Depois do primeiro gol, o Athletic passou a administrar a partida e ambas as equipes criavam pouco, ficando a emoção para o final da primeira etapa, quando o jogo começou a ficar mais pegado.

Aos 40 minutos, o lance que mudaria o jogo: Luquinha, lateral esquerdo do clube são-joanense fez falta dura no meio campo, recebeu o segundo amarelo  e foi expulso. 

O Asepel se aproveitou da vantagem numérica e dois minutos depois marcou um golaço: o lateral direito, Rhuan, recebe um lançamento por cima, domina no peito e conduz a bola com a cabeça e sem deixar a bola cair, bate com força de perna esquerda. Athletic 1 a 1 Asepel

No segundo tempo, o Asepel continuou pressionando, mas o Athletic se defendeu bem, criou poucas chances e quase não deu oportunidades para o clube visitante marcar. 

O treinador do Athletic, Cicinho ficou satisfeito com o resultado: reconheceu a qualidade do adversário e parabenizou a superação de seus atletas. De acordo com o treinador: “Você jogar um tempo com um a menos não é fácil, contra uma grande equipe que é a primeira do grupo, fiquei satisfeito não pelo resultado, mas pela atitude dos meninos em campo.”

Sub 15

Buscando cumprir com o dever de casa, o Athletic começou a todo vapor e quase marcou aos dois minutos, quando o atacante Cássio avançou pela ponta e chutou cruzado, mas o goleiro João fez uma boa defesa com os pés evitando o gol.

O camisa 9, Cássio, estava infernizando a defesa adversária e aos 13 minutos faz uma linda jogada pela linha de fundo, deixando o marcador no chão e batendo colocado, a bola passou raspando a trave direita do gol.

Aos 27, falta próxima a área do clube São-Joanense: na cobrança, o meia Guilherme bateu com efeito, mas o goleiro Lucas, bem posicionado fez a defesa.

Já no fim da primeira etapa, o camisa 4 do Athletic, Kauan, recebe o segundo amarelo e deixa o clube alvinegro com um a menos em campo. 

Após a expulsão, muita reclamação da comissão técnica e da torcida do time São-Joanense que não consideraram justo o cartão. 

No segundo tempo, os jogadores sentiram o forte calor e o desgaste físico tomou conta: aos 19, vários jogadores desabaram ao mesmo tempo.

Atletas desabam no gramado na segunda etapa

Três minutos depois, o jogo muda: o Athletic sofre um pênalti, inicia-se uma confusão dentro de campo que origina mais uma expulsão para os alvinegros: o camisa 10, Anderson Paraíba, foi expulso após confusão com o goleiro adversário. Na cobrança, Cássio faz Athletic 1 a 0 Asepel.

Apesar do número inferior de jogadores, o Athletic ainda teve chances de ampliar o placar, quando aos 34, Henrique chutou de primeira e a bola passou perto do gol adversário.

Já, nos acréscimos, o defensor do clube da terra dos sinos, Lucas Furtado foi punido com o segundo amarelo e deixou seu clube com oito jogadores em campo.

O treinador Clayton, do Athletic, destacou a raça de seus jogadores:  “Eu pedi antes do jogo para que tivéssemos vontade e isso não faltou hoje”, afirmou.

Por outro lado, o treinador Thadeu, do Asepel destaca que seu time não conseguiu impor seu estilo de jogo: “faltou fazer o que a gente faz de melhor, que é trabalhar a bola” disse.

Arbitragem Polêmica: 
Após o apito final, uma confusão tomou conta do campo: reclamação dos dois lados com a arbitragem. Atletas e comissão técnica de ambos clubes iniciaram uma discussão com o juiz e com os bandeirinhas.

Em entrevista ao AlternaFut, ambos treinadores reclamaram do árbitro da partida. O treinador São-Joanense, Clayton reclamou de uma falta de critério da arbitragem: "Não gosto muito de falar de arbitragem, mas hoje foi bem complicado, as vezes falta critério. Qualquer esbarrão ele estava marcando falta."

Do outro lado, Thadeu, do Asepel aponta que as marcações do juiz favoreceram mais o clube São-Joanense:  "Um time de muita força que joga empurrando a arbitragem a seu favor. As decisões são sempre a favor do time da casa, em relação a arbitragem. Eles empurram, fazem isso o tempo inteiro." 


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