domingo, 17 de março de 2019

Athletic é derrotado pelo CAP e perde a primeira em casa no ano.



Equipe se mostrou ansiosa no segundo tempo e não conseguiu empatar o jogo

Por: Emerson Alves

O Athletic entrou no gramado do Joaquim Portugal ontem (16) a tarde, com a expectativa de somar mais 3 pontos e manter a boa fase. Porém, de baixo de um sol escaldante, o que se viu foi bem diferente. A equipe bem que tentou, lutou até o fim, mas se mostrou bastante ansiosa, principalmente no segundo tempo, quando exagerou nos cruzamentos na área de qualquer parte do campo, e no fim acabou sendo derrotado por 1x0 pelo CAP Uberlândia.


Torcida compareceu em peso para apoiar o time. Mas ansiedade atrapalhou a equipe. (Foto: Emerson Alves/Alterna Fut)

Essa ansiedade também foi percebida pelo técnico, Cícero Júnior, que em entrevista coletiva pós jogo, atribuiu o problema, a falta de costume do time em perder, “A gente não sabe perder, nosso time não sabe sofrer, não criamos esse hábito, então a torcida já cobra mais incisivamente dos atletas. A equipe sentiu isso, começou a forçar mais o jogo, mas a gente precisa aprender a lidar melhor com as adversidades”, afirmou.

1° Tempo

Estádio inflamado e jogadores ‘ligados no 220’. Foi assim que a partida começou para o Esquadrão de Aço. Todos os fatores apontavam para mais uma grande vitória, que consolidasse de vez o Athletic, como um dos candidatos ao acesso. Muitas chances foram criadas nos 15 minutos iniciais, mas o goleiro Luiz Miguel, do CAP, já começava a se destacar com grandes defesas, em uma atuação que como um vinho, ficava cada vez melhor a medida que o tempo passava.

Porém o ímpeto inicial dos mandantes foi ficando cada vez menor, a torcida  esfriava na mesma proporção que o desempenho do time ia caindo e o CAP Uberlândia, aos poucos, aproveitava para crescer no jogo. No último lance do primeiro tempo, Daniel Menezes fez boa jogada dentro da área, observou o mal posicionamento do goleiro GIlson e finalizou por cobertura para abrir o placar pelos visitantes, em uma bola que poderia ser defensável.

Um castigo doído pelo que foi a primeira etapa, já que por mais que o Athletic foi perdendo rendimento com o passar do tempo, as melhores oportunidades ainda tinham sido do lado alvinegro. Por outro lado, o CAP havia aproveitado sua única chance clara de gol. 

2° Tempo

O retorno dos vestiários mostrou mais uma qualidade do técnico Cícero Júnior. A sua capacidade de fugir do comum nas substituições e a variação tática que ele consegue implementar no seu time. Emerson Sato, Guilherme Morassi e o recém-contratado Eduardo Nardini entraram nos lugares de Igor Felipe, Nathan e Léo Gonçalo antes dos 15 minutos, para mudar completamente a estrutura do time.

O volante Bruno foi para a lateral, Morassi entrou no meio, assim como Nardini, para qualificar a circulação de bola no setor, mas com a saída de Nathan, que pediu substituição, voltou para a lateral esquerda, sua posição de origem. Sato começou a carimbar todas as bolas na criação de jogadas e se transformou no principal jogador do time na segunda etapa, junto com Nardini que mostrou uma qualidade de passe impressionante.

As alterações melhoraram o time. Mas a ansiedade em empatar prejudicou muito mais. Com o apito final se aproximando, a equipe começou a forçar as jogadas, exagerar nos “chuveirinhos” de qualquer lugar do campo e a atacar de maneira desorganizada, com isso foi cedendo muito espaço para o adversário nos contra ataques, que perdeu um caminhão de gols nessas circunstâncias, inclusive um de baixo da trave que dá pra colocar na lista dos gols perdidos mais inacreditáveis do ano no futebol brasileiro.

Com o CAP não tendo competência para matar o jogo, o clube parecia até mais interessado em ajudar seu adversário, já que além de perder muitos gols, quase fez um gol contra bisonho, onde a bola caprichosamente acertou o travessão, o Athletic ia na base do abafa, com o zagueiro Thales jogando de centroavante, criando oportunidades para empatar. E já faltando poucos minutos, a  melhor chance caiu no pé daquele que foi contratado para esse momentos: Rudimar saiu cara a cara com o goleiro e finalizou para uma defesa maravilhosa, de Luiz Miguel, que com o pé, garantiu a vitória e coroou uma atuação que  o rendeu o prêmio de melhor jogador em campo.

Destaque da partida

O goleiro Luiz Miguel, foi inegavelmente o melhor jogador em campo. Com defesas que orgulhariam os melhores arqueiros da história e uma segurança que pode até ter causado inveja, nos torcedores do Athletic, mesmo estando nitidamente com dores durante a maior parte do embate, ele fez por merecer o relógio que recebeu como o melhor jogador da partida.

Goleiro Luiz Miguel, do CAP - O Craque do jogo! (Foto: Emerson Alves/Alterna Fut)

Ao final do jogo, Miguel falou sobre a sua atuação e sobre a defesa no chute de Rudimar: “ Esse foi um jogo de 6 pontos e estou muito feliz pela vitória, a equipe toda lutou muito, e no lance com o  Rudimar, que é um jogador de extrema qualidade, foi realmente Deus que me capacitou. Uma bola muito difícil, cara a cara, e a bola bateu na ponta da minha chuteira, fechei o ângulo dele, mas ela bateu na ponta da minha chuteira e eu pude conseguir fazer a defesa”, afirmou o goleiro.

O Athletic retorna a campo no próximo sábado às 16:00h no Ipatingão, para enfrentar o Ipatinga, que vêm em má fase.


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