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terça-feira, 30 de junho de 2020

Uberlândia 0 x 1 Uberaba | Taça Minas Gerais 2010 | Memória do Interior #05

Por: Gustavo Forapani


Quando as temporadas começam, algumas coisas são certas, uma delas é que os times do interior buscarão um lugar ao sol, seja com uma boa campanha no estadual ou alcançando feitos em âmbito nacional. Em Minas Gerais não é diferente, devido à força dos times da capital, o objetivo do interior é correr atrás da “quarta vaga” e se agarrar em uma classificação para competições nacionais, seja a Copa do Brasil ou Série D.

Até alguns anos atrás, era disputada a tradicional Taça Minas Gerais - sua última edição foi em 2012 – que contava com a participação das equipes do interior e garantia uma vaga para a Copa do Brasil, além da possibilidade ímpar do clube garantir um título. Em 2010, a final foi ainda mais interessante ao colocar frente a frente os rivais do Triângulo Mineiro, Uberlândia e Uberaba.

Na partida de ida, disputada em Uberaba, melhor para os mandantes que venceram pelo placar mínimo e foram disputar a volta em vantagem, já para a equipe do Uberlândia, só a vitória interessava. A primeira etapa foi como se esperava e contou com a iniciativa dos donos da casa que criaram algumas chances, mas não aproveitaram, parando na defesa adversária e na falta de pontaria.

O Uberaba que não tinha nada com isso, em um contra-ataque abriu o placar, cruzamento para a área e na tentativa de cortar, Matheus cabeceou contra o próprio patrimônio, aumentando a vantagem dos visitantes no placar agregado. Na etapa final, a pressão pelo gol dos mandantes aumentava, a equipe partia ao ataque e os visitantes se seguravam como podiam.

Já caminhando para o fim do jogo, o Uberlândia seguiu criando algumas chances, mas não foram suficientes para reverter o placar. Assim, o Zebu sagrou-se bicampeão consecutivo da Taça Minas Gerais – terceira conquista na história, essa com gosto especial, na casa do seu maior rival. Uma conquista que sua torcida jamais esquecerá!

FICHA TÉCNICA
Uberlândia 0x1 Uberaba
Competição: Taça Minas Gerais | Final | Jogo de volta
Local: Parque do Sabiá, em Uberlândia/MG
Data: 28/11/2010
Gols: Matheus (contra)



domingo, 21 de junho de 2020

Atlético/MG 0x2 Tombense | Módulo I | 2014 - Memória do Interior #4



O ano era 2014, o Atlético/MG vinha embalado pelo último ano de conquistas e por um feito marcante no futebol brasileiro, a equipe havia sofrido apenas um revés no Independência desde sua reinauguração em 2012. Em um intervalo de quase dois anos, a equipe havia sido derrotada apenas pelo xará paranaense, mas o Tombense tratou de mudar essa escrita...

Durante a partida, o clube da capital não se encontrava e o Tombense logo na etapa inicial abriu o placar com Junior Negão que aproveitou saída ruim do goleiro Victor. Vaiado pela torcida e aberto em busca do empate, o Atlético acabou cedendo espaços à equipe do interior e o restante do primeiro tempo tornou-se bastante aberto, mas o placar seguiu inalterado.

Na etapa final, as equipes seguiram sem grandes chances, o time de Tombos aproveitava a desorganização alvinegra para garantir a vitória, mas quase no fim da partida, pênalti para os donos da casa, Tardelli para a bola... E Flávio fez ótima defesa impedindo o que seria o gol de empate. Já nos acréscimos, Rafael confirmou a vitória dos visitantes ao marcar em ótimo contra-ataque.

Essa vitória pela 3ª rodada foi importantíssima para o Tombense que deu um grande passo nessa campanha que culminaria com sua permanência no Módulo I (onde segue até hoje), além de ter conseguido o feito de ser a primeira equipe do interior de Minas a vencer o time atleticano no “novo” Independência.

FICHA TÉCNICA

Atlético/MG 0x2 Tombense

Competição: Campeonato Mineiro | Módulo I | Primeira fase | 3ª rodada

Local: Independência, em Belo Horizonte/MG

Público: 4.483

Data: 06/02/2014

Arbitragem: Émerson de Almeida Ferreira (MG), Márcio Eustáquio Santiago (MG) e Felipe Souza Leal (MG)

Gols: Junior Negão (25’1T) e Rafael Pernão (46’2T)

Atlético/MG: Victor; Marcos Rocha, Jemerson, Leonardo Silva e Dátolo; Pierre, Josué (Rosinei), Diego Tardelli, Guilherme (Neto Berola) e Fernandinho (Leonardo); Jô. Técnico: Paulo Autuori.

Tombense: Flávio; Leonardo, André, Mailson e Wanderson (Rafael Pernão); Júlio César, Jackson (Denilson), Joílson e Thiago Azulão (Felipe Dias); Vanger e Júnior Negão. Técnico: Moacir Júnior.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

1896 - Quando Liverpool e City foram campeão e vice da Segundona Inglesa


Por Yan de Abreu


Esta semana marca o retorno das atividades do Campeonato Inglês, temporada que provavelmente coroará o 19º título inglês do Liverpool, seu primeiro da era Premier League. Atrás dos Reds vem o Manchester City, o atual campeão. Contudo, não é de agora que City e Liverpool disputam diretamente títulos no futebol da terra da rainha. O Alterna hoje relembra uma batalha acirrada entre essas duas equipes pelo caneco da segunda divisão que ocorreu há 124 anos, no ano de 1896.


Os participantes da Segundona Inglesa e suas localizações - 1895/96

Contextualização do período.

A temporada 1895-96 marcava a quarta edição da segunda divisão inglesa, criada em 1892-93. O Liverpool retornava a divisão de acesso após terminar na lanterna da primeira divisão no ano anterior e perder os playoffs de descenso para o Bury FC. Por sua vez, o Manchester City ainda desejava conquistar seu espaço na divisão de elite, mas até aquele momento, só havia conseguido posições discretas na segunda divisão.

O campeonato.

Sendo o único time que havia descido da primeira divisão, os Reds iniciaram a competição mostrando a sua força vencendo os seus primeiros cinco jogos, com direito a três goleadas: 5x1 sobre Newcastle e Port Vale e 4x1 sobre o Burton Wanderers. Contudo, após essa arrancada, o Liverpool apresentou um período de instabilidade que englobou os meses de outubro e novembro de 1895.

Nesse período, os Reds disputaram 11 jogos, na qual tiveram êxito em cinco partidas, empataram uma vez e foram derrotados seis vezes, todas fora de seus domínios. Os destaques desta sequência, sem dúvidas, foram os confrontos frente ao Manchester United, seu arquirrival. Em Liverpool, os Reds passaram o trator, vitória de 7x1 sobre o Newton Heath, antigo nome do United. Já em Manchester, os diabos vermelhos revidaram: goleada por 5x2, sendo o revés mais pesado do Liverpool naquele campeonato
.
Após este período conturbado, os Reds retornaram aos trilhos, emendando dez vitórias seguidas, sendo metade delas por goleada, deixando claro que a sua disputa seria pelo título. Destaque para as goleadas de 10x1 sobre o Rotherham Town e 7x0 sobre o Burton Swifts, equipes que já não existem mais.


Melhores resultados do Liverpool na competição

Ao contrário do Liverpool, que passou por uma sequência de instabilidade, o Manchester City teve uma temporada mais equilibrada, com derrotas espalhadas ao longo da campanha e boas sequencias de vitórias. Iniciou o torneio com três vitórias seguidas até sofrer sua primeira derrota, e bem pesada, diga-se de passagem, uma goleada de 5x0 para o Grimsby Town, equipe que também despontava como candidata ao título.

Após essa goleada, o City venceu o Arsenal pelo placar mínimo e empatou o derby contra o United por 1x1. Após o derby, os Citizens emendaram 5 vitórias até sofrer outra goleada, 4x1 para o Burton Wanderers. Após a parada do final de ano, durante os meses de janeiro e fevereiro de 1896, os Sky Blues conheceram a sua maior sequência de triunfos no torneio, sete vitórias seguidas, com direito a goleadas sobre Newcastle, Crewe e Loughborough FC, 5x2, 4x0 e 5x1, respectivamente.


Melhores resultados do City na competição

Na reta final da competição, o City ainda sofre duas derrotas pesadas para Notts County, 3x0, e Newcastle, 4x1, revezes que complicaram o time na disputa pelo título, restando apenas a luta pelo playoff para o time azul de Manchester.

Confrontos direto entre as equipes.

Curiosamente, os confrontos entre Liverpool e Manchester City ocorreram, ambos, já no ano de 1896, sendo o primeiro deles logo no retorno da pausa de final do ano, no dia 01/01. Até aquele momento o Liverpool ocupava a liderança da competição com 27 pontos, já os Citizens estavam em terceiro com 24 pontos, mas com cinco partidas a menos que os Reds. 
Tabela antes do jogo da ida entre City e Liverpool

O confronto se deu em Anfield, e puxado por sua torcida, o Liverpool não deu sopa ao azar e venceu o City por 3x1. O resultado permitiu o time vermelho se isolar um pouco na liderança, visto que o segundo colocado, o Burton Wanderers iria ser derrotado três dias depois pelo Darwen por 3x0, estacionando com 25 pontos.


Tabela antes do jogo da volta entre City e Liverpool

Já, o jogo da volta aconteceria no Hyde Road, em Manchester, e teria um caráter decisivo. Como não havia uma tabela de jogos fixa, o confronto seria o último jogo em disputa para o Liverpool, já para o City ainda restariam os confrontos frente Leicester e Notts County.

Os Citizens precisavam vencer se ainda almejassem o título, contudo, não foi o que aconteceu. Jogando em casa, o City empatou com o Liverpool por 1x1, dando adeus ao título. 



Os confrontos entre Liverpool e City. 

Os Sky Blues ainda venceram os últimos confrontos e terminaram igualados em pontos com o Liverpool, mas acabaram sendo vice-campeões pelo número de vitórias, 22 contra 21.


Classificação Final

Playoffs de Acesso.

Finalizado o campeonato, Liverpool e Manchester City, campeão e vice da segunda divisão, foram disputar os playoffs de acesso. Na época não havia acesso direto, os dois primeiros colocados da segunda divisão tinham que enfrentar os dois últimos colocados da primeira divisão e vencer para conseguir subir. 


          
Equipes que disputariam o Playoff naquele ano




No ano de 1896, esta fase sofreu uma modificação: ao invés de um confronto mata-mata, foi realizado um pequeno torneio na qual cada time da segunda divisão enfrentaria as equipes da primeira, em jogos de ida e volta. Os adversários seriam West Bromwich Albion e o Small Heath, o atual Birmingham City.

Embalado pela grande campanha na segunda divisão, o Liverpool não tomou conhecimento dos seus adversários. Na primeira rodada, recebeu o Small Heath e goleou por 4x0. Na partida de volta, em visita a Birmingham, ficou no 0x0. Já na segunda rodada, venceu a WBA por 2x0 em casa, perdeu pelo mesmo placar no jogo da volta. A derrota não foi muito relevante pois a vaga na primeirona já havia sido garantida.

Confrontos e tabela dos playoffs

Por sua vez, o City não se mostrou forte perante os times que vinha da elite. Na primeira rodada, empatou em casa contra a WBA por 1x1. Já a visita a West Bromwich não foi muito positiva... os Citizens foram atropelados pelo time da casa por 6x1. Na segunda rodada, os Sky Blues receberam e venceram o Small Heath por 3x0 e a chama da esperança ainda se mantinha acessa. Contudo, o jogo da volta foi ainda mais traumatizante, o Manchester City sofreu uma acachapante derrota de 8x0 frente ao time de Birmingham. Ao fim do minitorneio, o Liverpool conseguiu o acesso e a WBA permaneceu na divisão de elite.

A temporada de 1895-96 acabou sendo de sorrisos some para o time vermelho de Liverpool. O Manchester City somente conseguiu o seu primeiro acesso três anos depois, na temporada 1898-99.

domingo, 14 de junho de 2020

Cruzeiro 0x1 Rio Banco | Módulo I | 2008 - Memória do Interior #3



Início do estadual de 2008 e o Rio Branco, clube de Andradas/MG, aparecia como grata surpresa, brigando por uma vaga entre os semifinalistas da competição, em sua sequência inicial, o clube conquistou 12 pontos em sete rodadas, sofrendo apenas uma derrota. Lembrando a equipe do ano anterior, o time destacava-se pela garra e alguns bons talentos individuais, principalmente em seu setor ofensivo.

Pela oitava rodada da competição, o primeiro grande desafio, pois a equipe enfrentaria o bom time do Cruzeiro fora de casa. Focado na Copa Libertadores e sofrendo com algumas lesões, a equipe celeste poupou alguns atletas, mas o clube do interior não tinha nada com isso e não poupou esforços...

A última vitória do Rio Branco sobre o clube da capital havia ocorrido há sete anos em Belo Horizonte/MG, mas a partida aconteceu no estádio Independência, portanto buscava sua primeira vitória diante do Cruzeiro no Mineirão.

Em uma primeira etapa morna, o placar permaneceu inalterado. Início da etapa final e um lance que entrou para a história do Mineirão, em uma falha bisonha do goleiro Andrey que saiu da meta para fazer defesa tranquila, mas perdeu o tempo da bola em uma saída estabanada (não sei se é o termo correto para descrever tal ação) e viu o oportunista Bruno Mineiro (nos anos seguintes, o atleta fez sucesso jogando por Athlético/PR e Portuguesa/SP) abrir o placar.

No fim, pressão cruzeirense, algumas bolas da trave e excelente defesa de André Zandoná aos 44’ garantiram o placar de 1x0 e vitória azulina no Mineirão. No fim da competição, o Cruzeiro acabou se sagrando campeão e o Rio Branco não se classificou ao mata-mata, mas a histórica vitória na capital entrou para a lista de grandes feitos do clube andradense.

FICHA TÉCNICA

Cruzeiro 0x1 Rio Branco

Competição: Campeonato Mineiro | Módulo I | Primeira fase | 8ª rodada
Local: Mineirão, em Belo Horizonte/MG

Público: 5.930

Data: 13/03/2008

Arbitragem: Álvaro Azeredo Quelhas (MG), Jair Albano Félix (MG) e Janette Mara Arcanjo (MG)

Gols: Bruno Mineiro (04’2T)

Cruzeiro: Andrey; Apodi, Léo Fortunato, Thiago Martinelli e Jonathan; Sandro Manoel (Joabe), Elicarlos (Marquinhos Paraná), Zé Eduardo, Marcinho e Leandro Domingues (Wagner); Marcel. Técnico: Adílson Batista.

Rio Branco: André Zandoná; Pepe, Zé Roberto, André Alves e Mendes; Rodrigo Costa, Anderson, Cláudio Britto e Régis Pitbull (Rodriguinho); Luizinho (Wendel) e Bruno Mineiro (Leandro). Técnico: Alemão.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Um atípico 12 de junho


por: Rodolfo Silva

O ano é 2016, Chiquito acordou, pegou seu celular e mandou mensagem para Livinha “Bom dia, muié. Feliz dia dos namorados”. Horas depois Livinha acordava e respondia a mensagem. Os namorados combinam de almoçar junto na casa de Chiquito, afinal era domingo e dia dos namorados. Para ambos era um dia muito especial, afinal estavam ainda no primeiro ano de namoro.

Chiquito, cruzeirense fanático, estava ansioso para o relógio bater 16h, afinal era dia de clássico e não conseguia parar de pensar nisso. Enquanto Livinha, toda meiga, preparava um almoço caprichado, Chiquito ouvia a Rádio Itatiaia pelo celular para entrar no clima do jogo e bebia seu latão de Brahma que estava ‘trincando’ após ficar mais de uma hora no congelador. Livinha ficou tão entediada com os comentários esportivos, que pegou o fone de ouvido e foi ouvir suas músicas.

Aquele domingo já era especial pela data comemorativa, e por ter clássico mas tinha outro ingrediente especial: o atacante Fred. O artilheiro teve passagem marcante no início da década pelo clube celeste (marcando mais de 50 gols) e era muito querido pela torcida azul, Chiquito sempre que via o atacante fazer grandes jogos gritava “Fred guerreiro volta para o Cruzeiro”.

Quis o destino que Frederico retornasse a terra do pão de queijo naquela semana, mas não para o clube celeste: Fred fechou contrato com o clube que vive ‘do outro lado da lagoa’ e a partir daquele dia vestiria o manto alvinegro do Atlético, o maior rival do clube celeste e estrearia naquele domingo, justamente contra o Cruzeiro.

Frederico Chaves Guedes, o Fred. O Homem responsável pela discórdia no 12 de junho. 
(Foto/ Maurício Paulucci)

Livinha queria sair para aproveitar o dia dos namorados, mas Chiquito se recusava a sair, pois queria ver o jogo. O Cruzeiro estava mal aquele ano, o time era treinado pelo português Paulo Bento e estava na zona de rebaixamento e dois pontos atrás do rival. Livinha não dava a mínima para isso, e, aquele dia, tão esperado pela namorada, estava se tornando um tédio para ela: as duas horas entre o almoço e o início da partida pareceram 20 horas.

Quando a partida começou, Livinha respirava aliviada, sua respiração parecia comemorar que o clássico enfim começava (Chiquito só se lembrou disso no outro dia, pois naquele dia a mente estava em outro lugar).

O primeiro gol saiu e foi do Atlético, a garota ria enquanto Chiquito esbravejava contra a defesa “inaceitável esse gol de falta do Rafael Carioca” e dizia outras palavras não muito agradáveis contra a barreira do Cruzeiro, que se abriu no momento do gol. Mas cinco minutos depois Chiquito comemorava a jogada de Arrascaeta na linha de fundo que resultou em gol de Alisson. A namorada antes entediada, apenas observava a reação de seu companheiro durante o jogo, sem entender muito, mas considerando absurdo o futebol envolver tantas emoções.

Aquele domingo se tornava cada vez mais incomum quando Riascos fez gol. Aquele mesmo atacante que havia perdido um pênalti no último minuto em 2013 contra o mesmo Atlético na libertadores, quando vestia a camisa do Tijuana, marcava o segundo gol celeste. Naquele momento Chiquito ficou incrédulo e soltou baixinho duas palavras “Nunca Critiquei”. Livinha ficou sem entender, mas começava a rir da situação.    

Que dia louco! Até o Riascos marcou gol.. (Foto/ Light Press)

Quis o destino que esse jogo fosse de muitos gols e expulsões, fazendo com que uma explosão de sentimentos como alegria e raiva tomassem conta de Chiquito durante a partida. Enquanto isso, Livinha contava os minutos para acabar o jogo (queria logo sair para aproveitar o dia dos namorados). Mas o momento mais tenso do dia foi quando Frederico marcou o gol de empate do Atlético no inicio do segundo tempo: Chiquito soltou palavrões e deu um soco na cama onde estava sentado. Livinha nesse momento se zangou e começou a reclamar com o namorado: “isso não é coisa que se faz, cê tá doido?” esbravejava.           

Depois de muitos momentos tensos e reclamações, Chiquito pôde comemorar novamente quando Bruno Rodrigo, de peixinho, pôs o clube celeste à frente do placar novamente. Livinha não comemorou esse gol com o namorado, ainda estava brava pela reação do namorado no momento do gol de Frederico.      

Aos 48 do segundo tempo o árbitro apitava o fim da partida: o Cruzeiro vencia o Atlético por 3 a 2, saía da zona de rebaixamento, ultrapassava o rival e o mandava para o Z-4.

Livinha comemorou o fim da partida como se fosse cruzeirense, mas a gente sabe que foi porque enfim ela poderia ter seu dia dos namorados como merecia.


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