sábado, 23 de dezembro de 2017

Copa Afro-Asiática: O Mundial Interclubes Alternativo

Copa Afro-Asiática: O Mundial Interclubes Alternativo
Por: Victor Carvalho

No último Sábado (16), ocorreu a final do Mundial de Clubes da FIFA. O esperado duelo entre o campeão da Libertadores versus o campeão da Champions League terminou com vitória do Real Madrid por 1 a 0 com gol do melhor jogador de futebol do mundo, Cristiano Ronaldo. 

Mas você já parou para pensar se os clubes de outros continentes disputava outra competição semelhante ao Mundial Fifa?  Essa postagem vem responder esse questionamento.


Mundial ou Intercontinental?

O Mundial de Clubes é uma competição que sempre gera questionamentos que giram em torno da importância do torneio para os clubes europeus quanto a validade e o reconhecimento das edições anteriores ao ano 2000.

A discussão sobre as competições que foram organizadas antes do ano de 2000 envolve muito o fato de o campeonato mundial de clubes envolver apenas dois continentes: Europa e América do Sul. Para os críticos, esse modelo de competição não é Mundial, e sim Intercontinental.

Até o ano 2000, o “campeonato mundial” era organizado pela parceria entre COMENBOL e  UEFA e era chamada de “Copa Intercontinental”. Fato é que o campeonato mundial de clubes organizado pela FIFA foi criado no ano 2000 e o Corinthians foi campeão desse torneio. Porém, no mesmo ano a Copa Intercontinental ocorreu e o Boca Juniors se sagrou campeão.

O campeonato mundial de clubes da FIFA voltou a ser disputado no ano de 2005, quando a Copa Intercontinental deixou de existir.

Copa Afro-Asiática: O Mundial Interclubes Alternativo

O torneio começou no ano de 1986, com um sistema de jogo único e contava com o campeão da Copa de Clubes Asiáticos  (atual AFC Champions League) e o campeão da Copa dos Campeões Africanos (atual CAF Champions League).



Os campeões da Copa Afro Asiática. (Imagem: Alterna Fut)


A primeira edição foi conquistada pelo Daewoo Royals (hoje Busan I'Park) em vitória por 2 x 0 contra os marroquinos do FAR Rabat, em campo neutro, na Arábia Saudita. A segunda edição também foi em jogo único e campo neutro, apesar de ter o campeão Zamalek ter sido favorecido pelo fato da final ser em seu país.

Depois disso, por dez anos, a competição passou a ser disputada em jogos de ida e volta. A nova fórmula de disputa foi inaugurada pelo embate entre o gigantesco egípcio Al Ahly e os japoneses do Yomiuri (hoje conhecido por Tokyo Verdy), vitória tranquila no primeiro jogo em Tóquio por 3 x 1 e na volta o Maior Clube da África assegurou o título por 1 x 0.

Três edições não ocorreram, sendo duas consecutivas, nos anos de 1990 e 1991 e no ano de 1999 que deveria ter sido a última Copa Afro-Asiática.

O clube mais vezes campeão foi o Zamalek, com dois títulos em um espaço de dez anos (1987 e 1997) e foi vice em 1994 quando foi derrotado pelo Thai Farmers Bank, time tailandês que faliu em 2000.

O Egito é o país com mais títulos e mais finais, o que prova a hegemonia africana que em 11 edições teve oito times campeões, dos três títulos asiáticos, dois são Sul Coreanos e um Tailandês.

O torneio teve um fim melancólico e completamente conturbado em 1999. Durante as votações para a sede da Copa do Mundo de 2006, a Alemanha disputava a sede com a África do Sul. Os países asiáticos votaram no país europeu e isso gerou uma mágoa entre as entidades africanas que romperam com as asiáticas.

Com a criação do campeonato mundial de clubes pela Fifa e o rompimento entre as confederações, a Copa Afro-Asiática deixou de existir.

Abaixo um link com os gols do segundo jogo da edição de 1993, onde o Wydad se sagrou campeão em cima do PAS Tehran do Irã.




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1 comentários:

  1. O brasileiro é muito hipócrita e essa hipocrisia foi causada pela pela manipuladora da globosta

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