Manaus


Manaus Futebol Clube

Manaus conquista o acesso com 6 anos de existência. (Foto/Reprodução: Manaus Futebol Clube)

Estado: Amazonas
Cidade: Manaus
Estádio: Colina (10.000 lugares) / Arena da Amazônia (45.000 lugares)
Fundação: 2013
Apelidos: Gavião do Norte; Gavião Real
Principal rival: Nenhum
Participações na Série C do Brasileiro: Estreará em 2020
Técnico: Wellington Fajardo

A longa espera acabou. O Amazonas enfim voltou a conquistar um acesso em competições nacionais. O feito, que não acontecia desde 1999 com o São Raimundo (o saudoso Tufão) subindo para a Série B,  foi realizado pelo caçula Manaus FC, que tem apenas 6 anos de existência.       

Mesmo com a pouca idade, a equipe da capital já vem construindo uma boa história, com uma já curta hegemonia estadual (tricampeão amazonense entre 2017 e 2019) e com boas campanhas na Copa Verde (semifinalista em 2018) e também na Série D, onde ano passado bateu na trave após ser eliminado nas quartas nos pênaltis pelo Imperatriz-MA e neste ano  chegou a glória.       

A expectativa para o ano de 2019 do Gavião era boa. O clube renovou com grande parte do elenco do ano anterior e contratou jogadores oriundos de outros times da Região Norte. Contudo, no 1° turno do Barezão o clube não começou bem e sequer chegou as semifinais. Além disso ainda foi eliminado pelo Vila Nova-GO na Copa do Brasil.
Já no 2° a história foi diferente. Saiu João Carlos Cavalo e entrou Wellington Fajardo no comando. Com ele, a situação mudou totalmente e a equipe conquistou o 2° turno com 7 vitórias e 2 empates em 9 jogos. Na decisão estadual enfrentou o Fast, e conquistou o tricampeonato após vencer a ida por 2 a 0 e empatar na volta sem gols.           

Embalado pelo estadual conquistado, o Manaus tinha pela frente a Série D. Na 1ª fase o clube caiu no Grupo A2 com Real Ariquemes-RO, Galvez-AC e Santos-AP. O Gavião Real passou tranquilo na liderança do grupo com 4 vitórias e 2 empates. Porém, fora das quatro linhas o time passava por uma situação financeira difícil. O atacante Rossini, um dos destaques do elenco, chegou a sair no meio da 1ª fase por conta dos salários atrasados. Em uma tentativa de quitar os salários, antes da última rodada da fase de grupos a diretoria do clube foi as ruas vender rifas para ajudar a levantar o dinheiro necessário.

No mata-mata, com Rossini de volta, os manauaras enfrentaram de novo o Real Ariquemes onde passaram com facilidade, vencendo no agregado por 6 a 2.
Nas oitavas teve um duro duelo com o São Raimundo-PA, em que perderam o jogo de ida no Pará por 1 a 0 e na volta devolveram o placar e venceram nos pênaltis por 4 a 3, chegando de novo às quartas da competição.
Desta vez o adversário seria o Caxias-RS. Na 1ª partida, além de jogar fora de casa, o Manaus também contou com problemas extracampo, como os foguetórios e explosão de bombas dos torcedores gaúchos na madrugada que antecedia a partida em frente ao hotel onde a equipe estava hospedada. No campo o Gavião saiu derrotado por 1 a 0, precisando vencer por dois gols de diferença na volta para conseguir o acesso. Após o clima de "guerra" instaurado na ida, os torcedores amazonenses foram em peso apoiar o clube local na Arena da Amazônia para reverter o placar. Diante de 44.121 pessoas, maior público de um time local na arena, o Manaus venceu os gaúchos por 3 a 0, com dois gols de Rossini, e botaram o estado do Amazonas de novo na 3ª divisão nacional.        

Com o acesso, o Manaus FC buscará quem sabe repetir o feito do São Raimundo em 1999, que na Série C conquistou o vice-campeonato, perdendo o título para o Fluminense, e subiu para a Série B de 2000. Para não ser um clube que faz o "bate e volta" na competição, o time precisa do apoio da torcida de seu estado para alavancar não só o clube mas também o futebol amazonense como um todo.       

Será que o caçula continuará fazendo história nos próximos anos?

Texto: Henrique Ananias

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