segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Pretos x Brancos – O Clássico dos Amigos

  
Na pequena cidade de Calambau, localizada na zona da mata mineira, ocorre anualmente um encontro entre duas equipes que se distinguem pela forma descontraída de ver o futebol. Apesar de o confronto colocar de lados opostos “brancos e negros”, o jogo NÃO tem qualquer tipo de descriminação racial, muito pelo contrário. A separação dos jogadores por etnias é apenas uma forma de chamar atenção e realizar aquela clássica pelada entre amigos, ajudar os necessitados e homenagear os entes que já se foram. Este ano, o homenageado será Rômulo do Posto
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Clássico da Amizade é celebrado há 8 anos - (Foto: Isadora Morandi)


O clássico é feito por amigos que se reencontram em dezembro para a disputa no campo de areia na pacata Calambau, no Pesque Pague do Niltinho. A pelada marca aquela clássica resenha: churrasco e cerveja gelada. Os atletas se hidratam com cerveja antes, durante e depois da partida.

O jogo tem caráter beneficente, cada jogador e torcedor tem a missão de doar 1kg de alimento não perecível que é doado para instituições locais. No ano passado, os alimentos que foram doados para o hospital da cidade. Nesse ano de 2017, os alimentos serão destinados ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da cidade.

As partidas são realizadas há 8 anos e mostra uma larga vantagem dos “Pretos” no confronto: 6 a 2. Welington, o capitão do time vitorioso, comentou ao nosso portal sobre a supremacia de seu time: “No meu ponto de vista, nosso time não é muito superior ao dos brancos. A gente ganha os jogos por causa da raça que damos em campo. Ano passado, o Diego (capitão do time derrotado) mesmo foi embora no intervalo, nem esperou o jogo acabar e já tinha caído de bêbado”.

Diego Cabral, o capitão dos "Brancos", que se intitula o Eurico Miranda de Calambau, negou que tenha caído de bêbado na última partida: “Deu o intervalo e fui buscar gatorade para a galera, fui hidratar meus jogadores. Eles ganharam seis vezes porque eles dão um ‘mim acher’ na noite anterior da partida, eles dormem mais cedo. Meus jogadores não respeitam nada, eles viram a noite bebendo, iam dormir 6h e acordavam as 8h já bebendo cachaça”.

Sobre os craques da partida, Welington destaca que não há craques, há apenas jogadores que se destacam individualmente em cada edição. Já, Cabral, destaca três jogadores folclóricos no seu time como diferenciais no confronto: Matheus ‘Pato Loco’, Samuel de Gena, e Thiago do Zezim, sendo esse último o maior carrasco dos pretos: “todo ano marca um”.

A edição do confronto de 2017 ocorrerá no sábado, 23 de dezembro, ás 14h em Calambau.

Homenagens

Além de a partida ser beneficente e arrecadar alimentos, a partida também marca uma homenagem aos entes queridos que se foram, levando o nome deles nas camisas dos jogadores. Já foram eternizados pelo clássico Iago e Roni 21. 
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